O advogado teria gasto cerca de R$5,8 mil em duas contas da empresa.
Por uma decisão judicial, bens e valores da Telexfree estão bloqueados.
Sede da Telexfree em Vitória
(Foto: Leandro Nossa/G1 ES)
Um advogado do Espírito Santo, divulgador da Telexfree,
teve uma liminar concedida pela Justiça para reaver a quantia que
investiu na empresa.(Foto: Leandro Nossa/G1 ES)
"Já imaginou quantas pessoas estão brigando contra a justiça ao invés de ser a favor dela, que busca identificar quais as possibilidade real de ganho para os divulgadores sem que tenha risco de perde seus investimentos no futuro caso essa empresa seja mesmo uma fraucatua. Ou os divulgadores dessa empresa estão contra a decisão da justiça porque sabem ou acha que a empresa que eles estavam investindo dinheiro nada mais é que uma pirâmide e o único jeito de conseguir lucrar é fazendo com que outras pessoas entre no negocio também, ou vocês acham que esse pessoal todo que entrou na empresa ou que fez você entra nela também são pessoas honesta 100% e que jamais colocaria você numa roubada". Segundo reportagem do Jornal A Gazeta desta quinta-feira (25). O advogado de 30 anos teria gasto cerca de R$5,8 mil em duas contas da empresa. O advogado da Telexfree, Horst Fouchs, não quis comentar o assunto.
A Secretaria Nacional do Consumidor, a Polícia Civil, o Ministério Público e o Ministério da Justiça apuram denúncias contra a Telexfree (Ympactus Comercial LTDA), que tem sede no Espírito Santo, que apontam suspeitas de formação de pirâmide financeira. A prática é considerada crime contra a economia popular. Por uma decisão da Justiça do Acre, a empresa está com os bens e valores bloqueados e impedida de operar em todo o Brasil desde o dia 18 de junho.
O divulgador, que pediu para não ser identificado, contou que entrou no negócio após ter sido insistentemente convidado por um colega de trabalho como é o que acontece com quase todos que entram nesse negocio mal sabem como funciona, mas por uma influencia de lucros enorme entra sem que perceba o tamanho do risco. Ele contou que se sentiu lesado de fato a ganancia de enriquecer rápido leva muitas pessoas a esse mesmo erro. “Mesmo sabendo que poderia ter esse risco, eu tentei entrar de cabeça. Já fui chamado em janeiro, em fevereiro, mas pelo receio por causa das investigações, eu não quis entrar. Só entrei pela convocação desse rapaz. "Claro que isso nada mais é que uma lavagem cerebral que essas pessoas fazem pra você só enxergar vantagens e não ver a real possibilidade de fraude". Vi a possibilidade de ter um dinheiro a mais. Já tenho o meu salário, mas queria um dinheiro a mais", disse ao Jornal A Gazeta.
Após o bloqueio das contas da Telexfree, o advogado voltou a procurar o colega que o convenceu a entrar no negócio. "Ele disse que eu poderia ficar tranquilo, que tudo ia dar certo. Mas sou advogado e sabia que não ia ter solução. Então logo depois entrei com a ação", completou, segundo o jornal.
O pedido à Justiça foi feito no dia 4 de julho, no Juizado Especial Cível de Cariacica, e deferido no dia seguinte. Segundo o documento, "os fatos narrados na inicial são de conhecimento público e notório: os consumidores que contrataram a requerida não estão sendo restituídos, na forma contratada. Esse fato, por si só, autoriza o provimento jurisdicional pretendido, ante os princípios que protegem o consumidor em Juízo".
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