Brasil e Portugal estão entrando em cooperar em pesquisas na área de nanotecnologia
O governo federal pretende lançar um edital para pesquisa e cooperação entre Brasil e Portugal na área de nanotecnologia, segundo anúncio do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em entrevista ao repórteres que aguardavam a comitiva oficial da
presidenta Dilma Rousseff, que chegou neste domingo à capital portuguesa. Mercadante informou que também está sendo preparado um edital para cooperação técnica nas áreas de biotecnologia e tecnologia de informação e comunicação. O ministro também abordou o problema que atrapalha o trabalho dos engenheiros brasileiros em Portugal, garantindo que tudo está sendo resolvido pelo governo.
– Haverá política de reciprocidade mais depressa do que ocorreu no caso dos dentistas – disse Mercadante.
Ele se referia às dificuldades dos dentistas brasileiros em Portugal, que se arrastaram por toda a década de 90 do século passado, com os profissionais enfrentando obstáculos para instalar seus consultórios em território português. Mercadante acrescentou que, durante a visita de dois dias ao país, também tratará da suspensão do edital para vinda de estudantes brasileiros a Portugal pelo Programa Ciência sem Fronteiras. A decisão de não enviar novos estudantes a Portugal e remanejar os selecionados nos editais de 2013 foi tomada em março.
Em maio, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (Crup) divulgou nota lamentando a decisão do governo brasileiro de suspender a concessão de bolsas de estudos para alunos de graduação do Ciência sem Fronteiras em instituições do país. O Crup equivale no Brasil à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
É fato que os cientistas brasileiros têm, hoje, plenas condições de contribuir com pesquisas de ponta em nanociência, pois, uma vez bem equipados, devem disputar com a comunidade internacional fundamentalmente no campo das idéias. E, bem o sabemos, novas idéias e novos resultados em ciência básica têm efeito avassalador e imprevisível, incluindo, provavelmente, a inovação tecnológica, que, por sua vez, gera riqueza através de novas empresas, novos empregos etc. Para que o Brasil enfrente o desafio, é urgente a criação de um ”círculo virtuoso” através de uma ação coordenada que englobe o governo, as universidades, os centros de pesquisa, empresas e o setor produtivo em geral.
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